Sacramentos

Batismo


O Batismo é entendido como o sacramento que abre as portas da vida cristã ao batizado, incorporando-o à comunidade católica, ao grande Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja em si. Este ritual de iniciação cristã é feito normalmente com água sobre o batizando, através de imersão, efusão ou aspersão. Ou, utilizando outras palavras do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, "o rito essencial deste sacramento consiste em imergir na água o candidato ou em derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". O Batismo significa imergir "na morte de Cristo e ressurgir com Ele como nova criatura" .

O Batismo perdoa o pecado original e todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado. Possibilita aos batizados a participação na vida trinitária de Deus mediante a graça santificante e a incorporação em Cristo e na Igreja. Confere também as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. Uma vez batizado, o cristão é para sempre um filho de Deus e um membro inalienável da Igreja e também pertence para sempre a Cristo.

Embora o Batismo seja fundamental para a salvação, os catecúmenos, todos aqueles que morrem por causa da fé (Batismo de sangue), [...] todos os que sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade (Batismo de desejo), conseguem obter a salvação sem serem batizados porque, segundo a doutrina da Igreja Católica, Cristo morreu para a salvação de todos. Quanto às crianças mortas sem serem batizadas, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus, que é ilimitada e infinita.

Na Igreja Católica, o Batismo é dado tanto às crianças como aos convertidos adultos que não tenham sido antes batizados validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido pela Igreja Católica visto que se considera que o efeito chega diretamente de Deus independentemente da fé pessoal, embora não da intenção, do sacerdote).

Mas, a Igreja Católica insiste no batismo às crianças porque "tendo nascido com o pecado original, elas têm necessidade de ser libertadas do poder do Maligno e de ser transferidas para o reino da liberdade dos filhos de Deus". Por essa razão, a Igreja recomenda os seus fiéis a fazerem tudo para evitar que uma pessoa não batizada venha a morrer em sua presença sem a graça do batismo. Assim, embora o sacramento deva ser ministrado por um sacerdote, diante de um enfermo não batizado, qualquer pessoa pode e deve batizá-lo, dizendo "Eu te batizo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", enquanto que, com o polegar da mão direita, desenha uma cruz sobre a testa, a boca e o peito do enfermo.

O facto de que o batismo seja geralmente ministrado a crianças recém-nascidas, que, por isso, não estão entrando na vida cristã por vontade própria, explica que se requeira a estas pessoas a receção de um outro sacramento, o Crisma, quando cheguem a uma idade em que tenham discernimento e capacidade inteletual suficiente para professarem conscientemente a sua fé e decidirem se querem ou não permanecer na Igreja Católica. Se sim, então estarão, neste caso, confirmando a decisão que os seus pais ou responsáveis fizeram em seu nome no dia do seu batismo. Entretanto, como este sacramento imprime caráter, quem recebeu o batismo, independente de que o confirme ou não através do sacramento do Crisma ou Confirmação, estará batizado para sempre.

Na Igreja Católica, o sacramento do batismo tem vários símbolos, mas existem quatro principais, que são eles: água, óleo, veste branca e a vela. Cada um representa um mistério na vida do batizado. Além desses símbolos (que são os principais) o rito romano ainda estabelece o sal, mas este símbolo só é usado conforme as orientações pastorais das Igrejas particulares.

Vejamos os significados dos símbolos:

  • Água: Representa a passagem da vida "pagã" para uma "nova vida". Ela tem o fator de purificação, lavando-nos do pecado original.

  • Óleo: Representa a fortaleza do Espírito Santo. Antigamente, os lutadores usavam o óleo antes das lutas para deixarem seus músculos rígidos e assim poderem vencer. Na nova vida adquirida pelo batismo ele tem a mesma função, revestir o batizado para as lutas quotidianas contra as ciladas do maligno.

  • Veste branca: Representa a nova vida adquirida pelo batismo. Quando tomamos banho vestimos uma roupa limpa, no batismo não seria diferente. Somos lavados na água e vestidos de uma nova vida.

  • Vela: Tem dois significados: o Espírito Santo e o dom da fé. Pelo batismo somos revestidos de muitas graças e a principal é o Espírito Santo, pois seremos unidos a Deus como filhos para sermos santificados e esta santificação é realizada através do Espírito Santo. A fé é um dom fundamental para a nossa vida, é através dela que reconhecemos Deus e por ela recebemos as suas graças.

(texto em conformidade com o site “católico orante”)

Nas nossas paróquias, o sacramento do Batismo é celebrado no 3º domingo de cada mês, com exceção dos meses de julho e agosto onde ocorre em todos os domingos ou noutro dia, por uma circunstância especial, em conformidade com os párocos. O lugar de marcação é sempre na secretaria da casa paroquial e a reunião de preparação, para pais e padrinhos, é sempre na primeira sexta-feira de cada mês, pelas 21.00H, no Centro de São José, Rua António Júlio, nº 12 (uma das travessas da Rua do Comércio).

Reconciliação



É a confissão dos pecados a um sacerdote, que aplica a penitência para, uma vez cumprida, propiciar a reconciliação com Cristo. Por outras palavras, é o sacramento que dá ao cristão católico a oportunidade de reconhecer as suas faltas e, se delas estiver arrependido, ser perdoado por Deus.

O reconhecimento das faltas é a sua confissão a um sacerdote, que pode ouvi-la em nome de Deus e conceder àquele fiel o Seu perdão.

Após ouvi-lo, cabe ao sacerdote oferecer as suas palavras de conselho, de orientação e conforto ao penitente, recomendando a penitência a ser cumprida.

O confessado deve rezar a oração denominada Ato de Contrição, após o que o sacerdote profere as palavras do perdão e abençoa o penitente, que se retira para cumprir a penitência que lhe foi prescrita.

A Igreja Católica considera o sacramento da penitência um ato purificador, que deve ser praticado antes da Eucaristia, para que esta seja recebida com a alma limpa pelo perdão dos pecados. Mas, entende-se também que esse efeito purificador é salutar, sendo benéfico para o espírito cada vez que é praticado.

(texto em conformidade com o site “católico orante”)

Nas nossas paróquias, o horário das confissões é o seguinte:

  • Depois da missa da manhã (S. Vicente - 08.40h – 2ªf, 4ªf e 6ªf)
  • 17.30h – S. Vicente (2ªf, 3ªf e 4ªf)
  • 17.30h – Sé Catedral (6ªf)
  • Depois da missa da manhã (Igreja da Misericórdia - 09.30h)


Eucaristia


O Sacramento da Eucaristia é a fonte e a meta de toda a vida cristã. É na Eucaristia que vamos “beber e saborear” a Palavra de Deus assim como comungar o Corpo de Cristo.

A Eucaristia é o memorial da Ceia, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo e nela se juntam os cristãos para este memorial que se celebra comunitariamente. Todos os outros sacramentos estão vinculados a este sacramento principal que é a Eucaristia!

Confirmação (crisma)


Com o sacramento da Confirmação do Batismo ou Crisma, o batizado reafirma a sua fé em Cristo, sendo ungido durante a cerimónia, recebendo os sete dons do Espírito Santo. A unção é feita pelo Bispo ou padre autorizado, com óleo abençoado na quinta-feira da Semana Santa.

É um sacramento instituído para dar oportunidade a uma pessoa - que foi batizada por decisão alheia e que tem, perante a Igreja, compromissos assumidos por outras pessoas em seu nome diante da pia batismal – de confirmar o desejo de ser membro da família cristã dentro da Igreja Católica e de reafirmar aqueles compromissos, depois de atingir a “idade da razão”.

Simplificadamente, a cerimónia consiste na renovação das “promessas do batismo”, mediante perguntas do Bispo, que em geral a preside, feitas em voz alta e do mesmo modo respondidas pelo crismando perante a comunidade.

Como o batismo, o Crisma também imprime caráter, podendo ser ministrado apenas uma vez a cada pessoa.

(texto em conformidade com o site “católico orante”)

Nas nossas paróquias, o Sacramento da Confirmação ou Crisma, é administrado pelo senhor Bispo, no domingo de Pentecostes. A preparação para este sacramento é realizada através da catequese (10º ano) e através da Catequese e Formação de Adultos. Quanto à catequese e formação de adultos, quem desejar receber este sacramento, deve inscrever-se a partir de setembro, na secretaria da Casa Paroquial.

Unção dos doentes


A Unção dos enfermos é o sacramento pelo qual o sacerdote reza e unge os enfermos para estimular-lhes a cura mediante a fé, ouve deles os arrependimentos e promove-lhes o perdão de Deus. Este sacramento pode ser dado a qualquer pessoa que se encontra em estado de enfermidade, e não somente a pessoas que estão em estado de falecer a qualquer momento.

(texto em conformidade com o site “católico orante”)

Nas nossas paróquias, o Sacramento da Unção dos Doentes é administrado da seguinte forma:

a) Quem tiver doentes a seu cuidado deve contatar os párocos para o acompanhamento necessário.

b) Dia 11/02/2017 – Bonfim e S. Vicente - Administração do sacramento da Unção dos Doentes durante a Eucaristia.

Ordem


O sacramento da ordem concede a autoridade para exercer funções e ministérios eclesiásticos que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas. É dividido em três graus:

O Episcopado: Confere a plenitude da ordem e torna o candidato legítimo sucessor dos apóstolos e lhe é confiado os ofícios de ensinar, santificar e reger.

O Presbiterado: Configura o candidato ao Cristo sacerdote e bom pastor. É capaz de agir em nome de Cristo cabeça e ministrar o culto divino.

O Diaconado: Confere ao candidato a ordem para o serviço na Igreja, através do culto divino, da pregação, da orientação e sobretudo, na caridade.

(texto em conformidade com o site “católico orante”)

Matrimónio


Importância e dignidade do sacramento do matrimónio

1. A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão total de vida, recebe a sua força e vigor da própria criação, mas para os cristãos é elevada a uma dignidade ainda mais alta, visto ser enumerada entre os Sacramentos da nova aliança.

2. O Matrimónio é constituído pela aliança conjugal, isto é, pelo consentimento irrevogável de ambos os cônjuges que livremente se entregam e se recebem. Esta singular união do homem e da mulher assim como o bem dos filhos exigem e requerem a plena fidelidade dos esposos e a unidade indissolúvel do vínculo matrimonial.

3. Pela sua própria índole natural, a instituição do Matrimónio e o amor conjugal ordenam-se à procriação e educação dos filhos, que constituem como que a sua plenitude e a sua coroa; de facto os filhos são um dom inestimável do Matrimónio e concorrem enormemente para o bem dos próprios pais.

4. A íntima comunhão de vida e de amor, pela qual os esposos “já não são dois mas uma só carne”, foi instituída por Deus Criador, dotada de leis próprias e envolvida por uma bênção singular, que nem o castigo do pecado original veio a destruir. Por isso este vínculo sagrado não depende da vontade do homem, mas do autor do Matrimónio, que o quis dotar de bens e fins peculiares.

5. Cristo Senhor, constituindo uma nova criatura e fazendo novas todas as coisas, quis reconduzir o matrimónio à sua primitiva forma e santidade, a fim de que o homem não separe o que Deus uniu; mas para mais claramente significar a indissolubilidade da aliança matrimonial e mais facilmente a apresentar como sinal da sua aliança nupcial com a Igreja, quis elevá-la à dignidade de Sacramento.

6. Com a sua presença, o Senhor trouxe a bênção e a alegria às bodas de Caná; mudando a água em vinho, pré-anunciou a hora da nova e eterna aliança: “Assim como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com uma aliança de amor e fidelidade, assim agora o Salvador dos homens” se apresenta como esposo da Igreja, firmando uma aliança com ela no seu mistério pascal.

7. Pelo Batismo, chamado precisamente o sacramento da fé, o homem e a mulher inserem-se, uma vez por todas e para sempre, na aliança de Cristo com a Igreja, de modo que a comunidade conjugal que eles formam seja associada à caridade de Cristo e dotada da virtude do seu sacrifício. Esta nova condição faz com que o Matrimónio válido dos batizados seja sempre Sacramento.

8. Pelo sacramento do Matrimónio os esposos cristãos significam e participam no mistério da unidade e do amor fecundo entre Cristo e a Igreja; por isso, quer ao abraçar a vida conjugal, quer ao acolher e educar os filhos, ajudam-se mutuamente a crescer na santidade, e têm o seu lugar e o seu dom próprio no interior do povo de Deus.

9. Assim como Cristo amou a Igreja e se entregou a Si mesmo por ela, assim, pelo sacramento do Matrimónio, o Espírito Santo faz que os esposos cristãos, dotados de igual dignidade, mútua doação e indiviso amor que brota da fonte divina da caridade, se esforcem por alimentar e promover a sua união conjugal; e assim, partilhando juntamente as realidades divinas e humanas, na prosperidade e na provação, perseverem fiéis de corpo e espírito, absolutamente afastados do adultério e do divórcio.

10. O verdadeiro culto do amor conjugal e todo o sentido da vida familiar, sem menosprezar os outros fins do Matrimónio, tende a que os esposos cristãos se disponham, com fortaleza de ânimo, a colaborar com o amor do Criador e Salvador, que por meio deles constantemente dilata e enriquece a sua família. Assim, os esposos cristãos, confiados na divina Providência e cultivando o espírito de sacrifício, dão glória ao Criador e caminham para a perfeição em Cristo, quando se desempenham do seu dever de procriar com responsabilidade generosa, humana e cristã.

11. Deus, que chamou os esposos ao Matrimónio, continua a chamá-los no Matrimónio. Os que casam em Cristo, procuram, em fidelidade à palavra de Deus, celebrar frutuosamente, viver retamente e testemunhar publicamente o mistério da união de Cristo e da Igreja. Este Matrimónio desejado à luz da fé, preparado, celebrado e assumido na vida quotidiana, “é unido pela Igreja, confirmado pela oblação eucarística, selado pela bênção, anunciado pelos anjos e ratificado pelo Pai... qual jugo de dois fiéis numa única esperança, numa única observância, num mesmo serviço! São irmãos que vivem juntamente, sem qualquer divisão quanto ao espírito ou quanto à carne. Mais, são verdadeiramente dois numa só carne e onde a carne é única, único é também o espírito”.

Nas nossas paróquias, quem desejar contrair o Sacramento do Matrimónio, deve dirigir-se à secretaria da casa paroquial atempadamente, para assim realizar a sua marcação.